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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Câncer bucal: tire suas dúvidas

O que é o câncer bucal?
É um tipo de câncer que geralmente ocorre nos lábios (mais frequentemente no lábio inferior), dentro da boca, na parte posterior da garganta, nas amígdalas ou nas glândulas salivares. É mais frequente em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade. O fumo, combinado com o excesso de bebida alcoólica, é um dos principais fatores de risco.
Se não for detectado de maneira precoce, o câncer bucal pode exigir tratamentos que vão da cirurgia (para a sua remoção) à radioterapia ou quimioterapia. Este câncer pode ser fatal, com uma taxa de sobrevivência de cinco anos de 50%. Uma das razões pelas quais este prognóstico é tão negativo é o fato de que os primeiros sintomas não serem reconhecidos logo. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

Quais os sintomas deste tipo de câncer?
Nem sempre é possível visualizar os primeiros sinais que indicam a existência do câncer bucal, o que aumenta a importância das consultas regulares com o dentista ou o médico. Seu dentista foi preparado para detectar os primeiros sinais do câncer bucal. Contudo, além das consultas regulares, é preciso que você fale com seu dentista se perceber qualquer dos sinais abaixo:
- Ferida nos lábios, gengiva ou no interior da boca, que sangra facilmente e não parece melhorar;
- Um caroço ou inchaço na bochecha que você sente ao passar a língua;
- Perda de sensibilidade ou sensação de dormência em qualquer parte da boca;
- Manchas brancas ou vermelhas na gengiva, língua ou qualquer outra parte da boca;
- Dificuldade para mastigar ou para engolir;
- Dor sem razão aparente ou sensação de ter algo preso na garganta;
- Inchaço que impede a adaptação correta da dentadura.
- Mudança na voz.

Como evitar o câncer bucal?
Se você não fuma nem masca tabaco, não comece a fazê-lo. O uso do tabaco é responsável por 80 a 90% das causas de câncer bucal.

Fumo
A ligação entre o fumo, o câncer pulmonar e as doenças cardíacas já foi 
estabelecida. O fumo também afeta sua saúde geral, tornando mais difícil o combate a infecções e a reparação de ferimentos ou de cirurgias. Em adultos jovens, este hábito pode retardar o crescimento e dificultar o desenvolvimento. Muitos fumantes afirmam não sentir mais o odor ou sabor tão bem como antes. O fumo também pode causar mal hálito e manchar os dentes. 
Sua saúde bucal está em perigo cada vez que você acende um cigarro, um charuto ou um cachimbo. Com esta atitude, suas chances de desenvolver câncer na laringe, na boca, na garganta e no esôfago aumentam. Como muitas pessoas não notam ou simplesmente ignoram os sintomas iniciais, o câncer bucal muitas vezes se espalha antes de ser detectado.
Mascar tabaco
O hábito de mascar tabaco eleva em 50 vezes a possibilidade de se desenvolver o câncer bucal.
O melhor a se fazer é não fumar nem usar quaisquer outros produtos derivados do tabaco. Quando uma pessoa para de usar esses produtos, mesmo depois de vários anos de consumo, o risco de contrair câncer bucal se reduz significativamente. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também aumenta o risco de câncer bucal. A combinação fumo/álcool torna esse risco ainda muito maior.

 Como se trata o câncer bucal?
Depois do diagnóstico, uma equipe de especialistas (que inclui um cirurgião dentista) desenvolve um plano de tratamento especial para cada paciente. Quase sempre a cirurgia é indispensável, seguida de um tratamento de radio ou quimioterapia. É essencial entrar em contato com um profissional que esteja familiarizado com as mudanças produzidas na boca por essas terapias.

Que efeitos colaterais a radioterapia produz na boca?
Quando a radioterapia é usada na área de cabeça e pescoço, muitas pessoas experimentam irritação ou ressecamento da boca, dificuldade de deglutir e perda do paladar. A radiação também aumenta o risco de cáries e, por isso, é muito mais importante cuidar bem da boca e da garganta neste período.
Converse com seu dentista e seu médico oncologista sobre os problemas bucais que você possa ter durante ou depois do tratamento. Antes de começar a radioterapia, não se esqueça de discutir com seu dentista os possíveis efeitos colaterais e a forma de evitá-los.

Como manter a saúde bucal durante a terapia?
Use uma escova macia depois das refeições e fio dental diariamente. Evite condimentos e alimentos ásperos como vegetais crus, nozes e biscoitos secos. Evite o fumo e o álcool. Para não ficar com a boca seca os doces e chicletes não devem conter açúcar.

Antes de começar a radioterapia, consulte seu dentista e faça uma revisão completa dos seus dentes e peça ao dentista para conversar com seu oncologista.


Fonte: Terra

Sedação consciente - Sistema de Analgesia por Óxido Nitroso

Um dos principais problemas dos pacientes é o medo e a ansiedade de vir ao dentista, tanto em crianças como adultos. Um dos grandes objetivos da medicina odontológica moderna é o controle deste medo e ansiedade, que pode proporcionar manifestações adversas de comportamento dificultando o tratamento odontológico.




O conceito de sedação consciente difere totalmente da anestesia geral. A sedação consciente consiste na inalação de uma mistura gasosa de Oxigênio e Óxido Nitroso, proporcionando uma sensação de relaxamento onde o paciente permanece consciente e acordado mantendo a respiração espontânea, os reflexos protetores e a capacidade de resposta a estímulos físicos e comandos verbais. Após a consulta a recuperação é completa e imediata.

A Clínica Open Center dispõe desta tecnologia, visando sempre o conforto e bem estar de seus pacientes.

Ritual de Higienização Bucal

Além da ordem, é muito importante que os rituais de higienização bucal sejam feitos de forma eficiente para remover as placas bacterianas.

O uso diário do fio dental, escova de dente e enxaguatório bucal são imprescindíveis para se ter sempre uma boca limpa e um hálito fresco. Mas você sabe se os está usando do jeito correto e na ordem correta?

“O importante é garantir a remoção da placa bacteriana. Normalmente, recomendamos o uso do fio antes para remover a placa que fica entre os dentes e o da escova depois para evitar um mau odor que a remoção dessa placa pode causar, ficando com um hálito agradável que o creme dental proporciona no fim”, diz William Frossard, professor e coordenador do curso de especialização em Prótese Dentária da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). 
Já o enxaguatório pode ser usado por último, como a maioria das pessoas faz, para que o hálito fique mais agradável. “Porém é importante dizer que fazer o uso somente do enxaguatório não é suficiente. Ele é um auxiliar na limpeza, acrescentando flúor e um hálito refrescante, mas não tem o poder de remover a placa bacteriana que só é removida mecanicamente com o uso do fio dental e escovação”, diz William. 







Revelador de bactérias
Há uma forma bem interessante e fácil de saber se sua higiene bucal está sendo eficiente. Existem no mercado alguns cremes dentais ou pastilhas que evidenciam a placa bacteriana. “Com seu uso (uma vez por semana), a placa que não foi removida fica avermelhada, sendo facilmente identificada para atentar o paciente a melhorar a higienização naquela área”, diz William. 




Fonte: Terra

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Cuidados Gestacionais Odontológicos

A gestante pode receber tratamento odontológico?
Sem dúvida. Em qualquer idade gestacional, ela poderá ser atendida, embora o segundo trimestre seja o momento mais oportuno, porque, nessa fase ela se encontra num período de maior estabilidade.

Existem riscos quanto à anestesia local?
Não existe desde que o dentista conheça o efeito dos anestésicos e as alterações que ocorrem durante a gravidez. As gestantes podem apresentar uma elevação da pressão arterial e isso deve ser levado em conta. O dentista, juntamente com o ginecologista, deverá escolher o anestésico apropriado.

A gestante pode ser radiografada dentista?
Pode. No primeiro trimestre (período da embriogênese), as radiografias devem ser evitadas. No caso de tomadas radiográficas serem imprescindíveis, o avental de chumbo deverá ser utilizado em qualquer fase gestacional.

Dizem que, na gravidez, os dentes "estragam" com mais facilidade. Isso é verdade?
Não. A gravidez não é responsável pelo aparecimento de cárie e nem pela perda de minerais dos dentes da mãe para formar as estruturas calcificadas do bebê. O aumento da atividade cariogênica está relacionado com alterações da dieta e presença de placa bacteriana pela limpeza inadequada dos dentes.

E quanto à gengiva? Ela se inflama com mais facilidade?
A gravidez também não causa inflamação na gengiva. Apesar de haver uma maior vascularização do periodonto, a gravidez só afeta áreas inflamadas e, não, a gengiva sadia. Mais uma vez: é a presença da placa bacteriana que causa a gengivite.

Existem cuidados especiais para a higiene bucal?
Os cuidados são os mesmos de uma mulher não grávida: limpeza diária dos dentes com uso adequado da escova e fio/fita dental.
A qualidade dessa limpeza é mais importante do que a freqüência. Se houver algum ponto da gengiva com sangramento, essa região deverá ser limpa melhor. Se após 3 dias a gengiva continuar sangrando, a gestante deve procurar a ajuda de um dentista.

Quando os dentes do bebê começam a se formar?
Os "dentes de leite" começam a se formar a partir da 6ª semana e os dentes permanentes, a partir do 5º mês de vida intra-uterina.
Dessa forma, condições desfavoráveis durante a gestação (ex.: uso de medicamentos, infecções, carências nutricionais etc.) podem trazer problemas nos dentes em fase de formação e mineralização.

Existe algum fortificante para ser tomado a fim assegurar uma boa dentição para o futuro bebê?
Os "fortificantes" estão numa alimentação balanceada, constituída por diferentes grupos de alimentos (carnes, frutas' legumes e verduras, cereais, leite e derivados). As avitaminoses podem comprometer o desenvolvimento normal dos dentes. Se houver necessidade de vitaminas, o ginecologista determinará a prescrição necessária.

E o flúor? A gestante deve tomar visando à dentição do bebê?
O fato de a gestante tomar flúor durante a gestação não significa que o bebê terá menos cárie. Ele é mais importante depois da erupção dos dentes, que se inicia mais ou menos aos 6 meses de idade.

A amamentação é Importante para os dentes do bebê?
A amamentação natural durante o primeiro ano de vida é fundamental para a prevenção de muitas das más oclusões. Além da importância afetiva e nutricional, o exercício muscular durante a sucção no seio favorece a respiração nasal e previne grande e parte dos problemas de posicionamento incorreto dos dentes e das estruturas faciais.

E então, o que deve a gestante fazer para que bebê tenha bons dentes?
Antes de tudo, ela própria precisa ter saúde. 0 nível de saúde bucal da mãe tem relação com a saúde bucal da criança. Os pais, particularmente a mãe determinam muito o comportamento que os filhos adotarão. Hábitos saudáveis são fundamentais como, por exemplo, hábitos de limpeza bucal e de alimentação equilibrada. Uma boa alimentação significa também evitar a freqüência de produtos açucarados. 0 açúcar natural dos alimentos é suficiente para a saúde da gestante e o desenvolvimento do bebê.


Após o nascimento, quando devo levar a criança pela primeira vez ao dentista?
A primeira visita ao odontopediatra deve acontecer por volta da erupção dos primeiros dentinhos de leite, ocasião em que os pais receberão orientações a respeito das causas e da transmissão da cárie, da alimentação, da limpeza dos dentes do bebê e do uso adequado do flúor. A educação em saúde assegura a chance de a criança crescer sem problemas bucais.



Fonte: Revista da APCD

Cárie: Doença transmissível e infecciosa

Ela acontece quando há a associação entre placa bacteriana cariogênica, dieta inadequada e higiene bucal deficiente. Quando o açúcar entra em contato com a placa bacteriana, formam-se ácidos que serão responsáveis pela saída de minerais do dente.

cárie - o processo se inicia quando ácidos resultantes realizados pelas bactérias dão origem a uma dissolução dos sais do cálcio que formam a dentina. Na produção desses ácidos participam ativamente bactérias e enzimas. Os espaços entre os dentes, além de irregularidades de formação, retêm freqüentemente detritos resultantes da própria mastigação, resíduos esses de alto teor de hidratos de carbono (açúcar), os quais são atacados por bactérias e fermentam. Resultam na produção de ácidos que abrem brechas microscópicas na armadura dos dentes, as bactérias se infiltram e vão atacar as substâncias orgânicas que formam a dentina.

O que é placa bacteriana?
A placa bacteriana é uma espécie de película composta de bactérias vivas e de resíduos alimentares que se depositam sobre e entre os dentes. Ela é cariogênica quando bactérias capazes de causar a doença cárie estão presentes na sua composição.

Meus dentes podem ser pouco resistentes à cárie?
Existem algumas doenças que podem alterar a composição dos dentes, levando à má-formação dentária. Além disso, todos os dentes são mais susceptíveis à cárie quando erupcionam, pois ainda não estão com a calcificação completa. Isso só será um problema se houver acúmulo da placa bacteriana cariogênica sobre os dentes, pois esta permitirá que a lesão se inicie. Indivíduos com deficiências físicas ou mentais que apresentam dificuldades na limpeza dos dentes devem ser supervisionados durante a escovação. Portanto, independentemente de os dentes serem mais ou menos resistentes, o importante é que a limpeza dos dentes seja realizada de maneira adequada.

Quais são os alimentos mais cariogênicos?
Há alimentos que protegem contra a cárie? Os alimentos mais cariogênicos são os que apresentam açúcar na sua composição: os doces, as balas, os caramelos, os chocolates, os chicletes e os refrigerantes são exemplos desses alimentos. Existem alguns alimentos que escondem o açúcar na sua composição, como a mostarda e o ketchup. Todos esses alimentos podem ser consumidos, mas de maneira racional, isto é, junto às principais refeições, seguindo-se a escovação. A freqüência com que se come o açúcar é muito importante: quando você ingere açúcar, os seus dentes ficam expostos aos ácidos produtores de cárie. O açúcar também pode estar presente em medicamentos, líquidos e xaroposos, portanto, após ingeri-los, é preciso escovar os dentes. A ingestão de farináceos e salgadinhos, principalmente entre as refeições, é um hábito considerado pouco saudável, quando se pensa em prevenção da doença e, portanto, deve ser evitado. Por outro lado, existem alimentos como o queijo e o leite que são considerados protetores dos dentes. Eles apresentam alto conteúdo de cálcio e fosfatos, que protegem contra a desmineralização do dente.

O mel ou o açúcar mascavo podem substituir o açúcar sem danos aos dentes?
Esses alimentos são ricos em açúcares facilmente transformados em ácidos pelas bactérias cariogênicas. O hábito de adoçar alimentos ou lambuzar a chupeta com mel pode provocar lesões de cárie, portanto, deve ser evitado.

Como posso saber se tenho cárie?
A identificação das lesões de cárie pode ser feita através da visão direta dos dentes e do emprego do fio dental. Antes de observar a superfície dentária, há necessidade de remoção da placa bacteriana que a recobre. Portanto, você deve fazer o auto-exame após escovar seus dentes e em local bastante iluminado. Essa doença se estabelece antes de as cavidades serem vistas nos dentes. Portanto, procure alguma alteração de cor como manchas brancas ou acastanhadas na parte superior dos dentes (sulcos e fissuras) e entre os dentes. Em um estágio mais avançado da doença, as manchas podem evoluir para cavidades e os sintomas já começam a aparecer: dor quando mastigamos alimentos doces ou quando bebemos algo quente ou gelado, causando desconforto e mau hálito. O fato de o fio dental ficar preso entre os dentes também pode ser um sinal de lesão de cárie.


Como posso combater ou prevenir essa doença?
Controlando os fatores que podem ajudar no aparecimento das lesões de cárie. Dentre esses fatores, podem ser citados: evitar a ingestão de alimentos açucarados – caso não seja possível, você deve ingeri-los junto às principais refeições – e limpar os dentes de maneira adequada, utilizando escova, fio dental e pasta de dente com flúor. O flúor é um importante auxiliar no combate à cárie, pois previne a desmineralização, isto é, a saída de minerais do dente e favorece a remineralização, que é a entrada de minerais em pequenas lesões de cárie (lesões de manchas brancas ou acastanhadas opacas), antes que elas se tornem cavidades. A limpeza deve ser realizada sempre após as principais refeições e antes de dormir. É importante visitar seu dentista regularmente para que ele possa, através do exame clínico, controlar sua saúde bucal e orientar sobre qualquer dúvida que possa surgir com relação à mesma. Existe vacina para a cárie? Apesar dos estudos feitos até agora, não podemos contar com uma “vacina” que previna a cárie dentária.



Fonte: Odontologika

Tratamento dentário reduz partos prematuros

O estudo mostrou que tratar de doença periodontal – a infecção de tecidos da gengiva – pode reduzir nascimentos prematuros em 84%.

Os médicos descobriram que infecções periodontais graves levam a um aumento na produção de prostaglandina, uma das substâncias que podem induzir ao parto. 

Bebês prematuros correm maior risco de desenvolver problemas pulmonares e gastrointestinais, perda de audição e visão ou de morrer. 

Tratamento

No estudo, pesquisadores examinaram 366 mulheres grávidas com infecções periodontais, que podem afetar a raiz dos dentes, além da própria gengiva. 

As pacientes tiveram uma limpeza geral dos dentes com a remoção de placa, tártaro e bactéria e aplicação de cálcio. Um grupo tomou antibiótico e outro, um placebo. 

Marjorie Jeffcoat, da Universidade do Alabama, liderou a pesquisa. 

Segundo ela, não houve provas de que o uso de antibiótico foi particularmente benéfico nesse estudo. 

Mas ficou claro que as mulheres que receberam tratamento dentário antes da 35ª semana de gestação tiveram reduzido o risco de dar à luz prematuramente.

Chances de crianças engolirem os dentes de leite são pequenas

Muitas mães podem ficar apreensivas com a possibilidade de a criança engasgar ou engolir o dente de leite. Porém, segundo o odontopediatra, Cássio José Fornazari Alencar, as chances de isso acontecer quando os pequeninos já têm mais de seis anos são pequenas. “A criança que está na fase de troca de dentes tem ato reflexo suficiente para cuspir o dente e não engolir”, diz o especialista.  


Uma dica bacana para evitar esse problema é incentivar a criança a “brincar” com o dente. “É indicado que a própria criança vá balançando o dente, até mesmo com a língua. Fazer bastante exercício com a escova também ajuda. Ela pode fazer bolinhas com as cerdas ao redor do dente para ajudar sua extração”, diz Cássio. 

Além disso, o especialista recomenda que os pais levem a criança ao odontopediatra com frequência, principalmente nesse período, para que possa orientá-los (pais e filhos) sobre todos os procedimentos que envolvem essa fase. Desde dúvidas e medos até táticas para fazer o dente cair sem traumas e dores.  

Os pais devem também ficar atentos na hora das refeições, principalmente se a criança já está com o dente bem mole e vai comer algo mais duro que o normal, como alguns tipos de doces, amendoim, maçã entre outras coisas. Brincadeiras mais brutas, mais comuns entre meninos, também podem causar a queda do dente e, com isso, sua deglutição. Mas se isso acontecer, não há motivo para desespero.

Dente de leite pode ajudar no tratamento do Alzheimer

A polpa dos dentes decíduos pode regenerar tecidos nervosos e musculares e, assim, melhorar a vida de quem sofre de doenças degenerativas


A polpa do dente de leite possui células-tronco que, quando retiradas para pesquisa, podem melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas que sofrem de doenças degenerativas como o Alzheimer e o Parkinson.  O estudo e a utilização desse material podem, ainda, prolongar a vida de doentes terminais. 

“A polpa do dente de leite possui uma grande concentração celular além de ser mais fácil de conseguir, uma vez que os dentes de leite caem naturalmente de todas as crianças”, diz Márcia Marques, responsável pelo Laboratório de Pesquisa Básica do Departamento de Dentística da FOUSP. Outra vantagem dessas células é que elas são mais jovens e proliferativas, ou seja, crescem mais rápido e conseguem se transformar em vários tipos de outras células, que funcionam como reparadoras de tecidos, como o muscular e o nervoso. 

Mas os dentes permanentes também têm sua utilidade. “Aqui no laboratório usamos para pesquisas os dois tipos de dentes. O problema com os dentes permanentes é que, algumas vezes, no decorrer de sua vida, eles passaram por lesões ou inflamações e, quando isso acontece, a qualidade de suas células já não é mais tão boa”, diz a especialista. 

Como fazer a coleta
Segundo Márcia, o ideal é que a extração do dente de leite seja acompanhada por um profissional. “Nós que já trabalhamos com isso estamos mais aptos a fazer essa coleta que não é tão simples, pois, depois de extraído, o dente deve ser bem limpo e armazenado corretamente. O cuidado deve ser tanto que às vezes até em laboratório pode não dar certo e aí acabarmos perdendo o material”, diz a especialista. Márcia explica que a pressa e a urgência para armazenar o dente da forma certa ocorrem porque os pesquisadores precisam das células vivas. “Quando o dente está na boca, ele possui um tecido vivo que estava sendo mantido por causa da circulação de sangue. Uma vez que ele cai, essa circulação cessa e ele tende a morrer. Por isso é tão necessário que esse armazenamento seja feito da maneira correta e rápido para que se mantenha vivo esse tecido até que a gente consiga congelá-lo ou utilizá-lo”, diz a especialista. 

Se essa extração não puder ser feita no consultório, Márcia recomenda que, assim que o dente cair, os pais o armazene em um pote com soro fisiológico, saliva ou leite e corra para o consultório. “É fundamental que o dente permaneça o tempo todo umedecido”, diz Márcia. 


Fonte: Terra